A palpitação é uma das principais causas de procura ao cardiologista tanto no pronto socorro quanto no consultório. A principal preocupação das pessoas que sentem palpitação é a possibilidade de ser uma arritmia cardíaca, e isso é verdade. Muitas vezes, no momento da avaliação médica a pessoa já não sente mais palpitação e a confirmação diagnóstica não é tão fácil. Na verdade, até que se prove o contrário, a principal hipótese é uma arritmia transitória. Várias perguntas devem ser feitas para tentar diferenciar o tipo de arritmia, entretanto o mais importante é determinar se aqueles sintomas sugerem gravidade ou não. A partir desta definição, será determinado se a investigação será possível no consultório/clínica cardiológica ou se será necessária a internação do paciente em hospital para exames. A maioria dos casos que se apresenta no pronto socorro com palpitação está relacionada às arritmias benignas transitórias e não requer internação hospitalar.
O que é arritmia?
O coração possui um ritmo constante e que é gerado num ponto específico do coração, chamado nó sinusal. É um estimulo elétrico que se propaga por todo o coração até o término do batimento e de seu relaxamento. Cada batimento é consequência de um estímulo elétrico gerado nesse local. Qualquer alteração ao longo desse trajeto de propagação do estímulo elétrico pode alterar o ritmo cardíaco, caracterizando a arritmia.
As arritmias podem ser classificadas em taquiarritmias (distúrbio do ritmo e aumento da frequência do coração) e bradiarritmias (distúrbio do ritmo e diminuição da frequência do coração). Geralmente a palpitação é o principal sintoma das taquiarritmias. Tanto as taqui quanto as bradiarritmias possuem diversos subtipos e cada um deles tem sua particularidade no tratamento.
As pessoas que sentem palpitação e na primeira avaliação médica com eletrocardiograma não é possível fazer o diagnóstico, devem ser encaminhadas para um médico cardiologista para proceder a investigação diagnóstica de uma arritmia com exames específicos.