A chance de sobrevida do infarto agudo do miocárdio, também chamado de infarto ou ataque cardíaco, são altas quando o paciente chega ao hospital, de preferência rápido e recebe o tratamento padrão. Ainda assim, a doença vitimiza cerca de 300 mil pessoas por ano no Brasil, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, assim como em todo o mundo, o infarto é a doença mais letal. Cerca de 30% dos óbitos ocorrem em decorrência de problemas cardiovasculares, sendo o infarto a principal causa. Esses números alarmantes, em grande parte poderiam ser evitados se medidas preventivas fossem adotadas, segundo a OMS.
A seguir saiba mais sobre o infarto e como identificá-lo para buscar ajuda médica imediata.
índice
O que é infarto?
De acordo com a classificação universal do infarto agudo do miocárdio, há 5 tipos de infarto. O mais frequente e amplamente conhecido é o infarto tipo 1. O infarto tipo 1 se relaciona à aterosclerose e ocorre quando uma placa de gordura na parede interna da coronária se rompe.
Na ruptura é formado um coágulo em cima da placa e é esse coágulo que obstrui a artéria de forma súbita, levando à isquemia miocárdica. Por definição o infarto deve ter elevação dos biomarcadores cardíacos (troponina), além de manifestação clínica de isquemia (dor torácica ou equivalente), ou alteração eletrocardiográfica.
Os principais fatores de risco que elevam a probabilidade do paciente sofrer um infarto, são:
- Tabagismo;
- Hipertensão arterial;
- Colesterol elevado;
- Diabetes;
- Sedentarismo;
- Obesidade;
- Estresse;
- Alcoolismo;
- Predisposição genética.
O tempo de chegado ao hospital, desde o início da dor no peito é fundamental para aumentar a taxa de sobrevida ao infarto. Dessa forma, conhecer os sintomas é essencial para buscar auxílio médico imediato.
Quais os sintomas do infarto?
Infelizmente a primeira manifestação do infarto pode ser a morte súbita. Entretanto, o principal sintoma do infarto agudo do miocárdio é a dor no peito.
Dor no peito
A dor na região torácica é um dos primeiros sintomas do infarto, sendo que ela pode irradiar de diferentes formas pelos ombros, costas, braços, pescoço ou mandíbula.
Em geral, a dor aparece subitamente, sem relação obrigatória com o esforço. Este incômodo pode passar e voltar diversas vezes antes do infarto.
Falta de ar
O problema na passagem de ar ao coração pode causar uma sensação de aperto no peito que pode ser identificada pelo paciente como uma dificuldade para respirar.
Dor abdominal e náusea
Não é incomum que os sinais de um infarto sejam confundidos com os sinais de um desconforto estomacal, podendo acarretar em um diagnóstico errado e que compromete as chances de sobrevida do paciente.
O paciente, portanto, deve notificar todos os sintomas ao médico, enquanto o cardiologista deve estar atento aos sinais apresentados pelo paciente para solicitar os exames necessários na possibilidade de infarto.
Tontura
Tontura é um sintoma secundário que pode estar presente em associação à dor no peito.
Suor frio
A dor no peito intensa em decorrência de isquemia miocárdica deflagra sudorese profusa, muito característica nos pacientes com infarto.
Vômitos
A dor no peito intensa em decorrência de isquemia miocárdica gera grande mal-estar, náusea e vômito.
Caso os sinais de um infarto sejam identificados, a recomendação é buscar suporte médico o mais rápido possível. Eletrocardiograma interpretado rapidamente (em até 10 minutos da chegada ao hospital), monitorização e acesso venoso, além de medicamentos protocolares, salvam muitas vidas. E se, a abertura da artéria ocorrer no menor tempo possível, o prognóstico do paciente melhora. Há duas formas de abrir a coronária obstruída por um trombo, por cateterismo/angioplastia ou através de medicamento intravenoso da classe dos fibrinolíticos.
“Tempo é músculo” – Eugene Braunwald
Fontes:
Hospital Israelita Albert Einstein;