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A estenose mitral é uma doença crônica e progressiva, causada principalmente pela febre reumática. Os surtos inflamatórios reumáticos ocasionados pelas faringoamigdalites bacterianas (Estreptococo Beta Hemolítico do grupo A de Lancefield) acometem predominantemente o tecido valvar mitral, levando à inflamação crônica, fusão das comissuras, espessamento dos folhetos valvares e calcificação de todo aparato valvar.
Esse modelo fisiopatológico compromete a função da valva mitral, gerando resistência ao fluxo sanguíneo transvalvar mitral, redução da mobilidade dos folhetos e suas consequências hemodinâmicas. É característico da estenose mitral acometer jovens, comprometendo muito cedo a qualidade de vida e muitas vezes a vida produtiva dessas pessoas.
A grande maioria dos casos de estenose mitral são causados pela febre reumática,
embora existam relatos de outras doenças acometerem a valva mitral. São
elas:
Nas fases iniciais da estenose mitral não há sintomas. Passam-se longos anos até surgirem os primeiros sintomas. Geralmente, quando aparecem, o comprometimento da valva mitral já é importante. O principal sintoma é a falta de ar aos esforços, que progride até aos mínimos esforços. Falta de ar para deitar-se é um sinal de comprometimento mais importante.
Palpitação é outro sintoma frequente, pois a sobrecarga imposta ao coração, especialmente ao átrio esquerdo, predispõe às arritmias atriais, principalmente a fibrilação atrial. Não é incomum os pacientes descompensarem e manifestarem falta de ar no primeiro episódio de arritmia. Dor torácica é outro sintoma que pode aparecer nos pacientes com estenose mitralbimportante, principalmente nos pacientes com hipertensão pulmonar secundária à estenose mitral.
O diagnóstico é feito através da história clínica e do exame físico. Os sintomas relatados acima, quando presentes, associado ao histórico de faringoamigdalites frequentes na infância, eleva a suspeita diagnóstica. Exame físico bem feito, com ausculta de um sopro cardíaco com características específicas, é a ferramenta clínica mais importante para formular a hipótese diagnóstica da estenose mitral.
Eletrocardiograma, radiografia de tórax e ecocardiograma são suficientes para confirmar o diagnóstico da estenose mitral e graduá-la. Contudo, exames laboratoriais, Holter, ecocardiograma transesofágico e cateterismo são ferramentas utilizadas caso a caso.
As medicações utilizadas no tratamento da estenose mitral visam a melhora dos sintomas e a prevenção das complicações, no entanto não são capazes de melhorar a obstrução mecânica da valva mitral. A persistência dos sintomas e/ou a grande elevação da pressão pulmonar direciona a terapêutica para o tratamento intervencionista, valvuloplastia percutânea ou cirurgia.
Devemos saber que a febre reumática “lambe as articulações e morde o coração“ e a valva mitral é uma das principais vítimas da cardite reumática. O mais importante para a diminuição da incidência da doença é realizar adequada profilaxia primária, impedindo que os indivíduos suscetíveis venham a contrair a doença. Assim, é necessário um esquema eficaz não só de tratamento, mas de prevenção das faringoamigdalites pelos estreptococos.
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