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A prevalência do prolapso da valva mitral é menor de 2%, sem predomínio entre homens e mulheres. Há relação hereditária, em que 30% dos familiares de primeiro grau podem compartilhar o diagnóstico. Algumas das situações que podem desencadear um quadro de válvula mitral flexível são:
• Crescimento anormal de ambas ou uma das cúspides da valva mitral;
• Alteração secundária decorrente de outras cardiopatias (como a febre reumática, por exemplo);
• Quando associada a outras doenças do colágeno como a síndrome de Marfan, de Ehlers-Danlos, osteogênese imperfecta e pseudoxantoma elástico.
Durante o exame físico realizado pelo médico cardiologista, algumas características da ausculta dos pacientes com prolapso da válvula mitral são típicas. Portanto, é possível suspeitar do diagnóstico do prolapso da valva mitral pelo exame físico. Quando há insuficiência da valva mitral, a ausculta de um sopro de regurgitação mitral é identificado, além de outros detalhes. A maioria dos pacientes com sopro no coração são assintomáticos. Entretanto, alguns sintomas podem estar presentes, são eles:
• Palpitação;
• Dor torácica;
• Falta de ar;
• Tonturas / síncope;
• Dificuldade na respiração;
• Desconforto no peito.
Os indivíduos diagnosticados com o prolapso da valva mitral também podem apresentar alguns distúrbios psíquicos associados. Alguns exemplos são a ansiedade, o pânico e a depressão.
Depende. A apresentação clínica do prolapso da valva mitral é muito variável, desde casos mais simples aos mais complexos. Dito isso, sabemos que a maioria dos pacientes com válvula mitral flexível não evoluirão para a forma grave, portanto, a rotina e estilo de vida devem ser mantidos sem restrições. Inclusive, atividades de lazer e esportivas não devem ser interrompidas.
Alguns pacientes com prolapso da válvula mitral e que apresentam insuficiência mitral importante, comprometimento da anatomia cardíaca e da sua função, são considerados de maior risco de complicações graves como a insuficiência cardíaca crônica, a insuficiência cardíaca aguda e edema dos pulmões por ruptura de cordoalha, arritmias e dissecção da aorta, essa última mais comum em pacientes com síndrome de Marfan e Ehlers-Danlos. Além disso, a endocardite infecciosa (infecção na valva mitral comprometida) e a morte súbita são complicações possíveis e muito graves.
A história e o exame físico são fundamentais para a formulação da hipótese diagnóstica. Como citado anteriormente, o exame físico traz informações importantes para a formulação da hipótese diagnóstica do sopro no coração.
A confirmação diagnóstica é feita através do ecocardiograma. Outros exames são utilizados para complementar o diagnóstico do prolapso da válvula mitral, são eles:
• Radiografia torácica;
• Eletrocardiograma;
• Cateterismo cardíaco;
• Exames de sangue;
• Ressonância magnética.
• Holter 24hs.
A maioria dos pacientes não necessitará de tratamento específico, entretanto, é fundamental o seguimento cardiológico para monitorização evolutiva da história natural da doença.
Quando o prolapso da válvula mitral é leve, não há recomendações limitantes que impactarão de forma negativa na qualidade de vida do paciente, ou seja, vida normal e sem necessidade de medicamentos.
Nos casos em que o prolapso da valva mitral é importante, com insuficiência mitral, os pacientes devem ser acompanhados de perto e receber tratamento específico para as consequências geradas. E nesse contexto avaliar a necessidade de tratamento intervencionista.
Quando há sinais e sintomas compatíveis com insuficiência cardíaca congestiva, arritmia e hipertensão pulmonar, além do comprometimento da anatomia cardíaca e sua função, o tratamento intervencionista deve ser indicado, além do tratamento clínico específico para cada uma dessas complicações. A cirurgia cardíaca que preserva a valva mitral com a realização de uma plástica é o tratamento cirúrgico ideal. Contudo, a troca da valva por uma prótese pode ser indicada em casos mal selecionados para a plástica valvar.
Nos casos de prolapso da valva mitral em que ocorre a ruptura das cordas que sustentam a valva, fazendo com que os sintomas de insuficiência cardíaca aguda apareçam de maneira súbita e com extrema gravidade, a cirurgia cardíaca deve ser realizada com urgência.
Nos pacientes com prolapso da válvula mitral em que há indicação de tratamento intervencionista, mas o risco de complicação cirúrgica é muito alto, temos como ferramenta tecnológica o MitraClip. Essa técnica utilizada em pacientes com risco cirúrgico proibitivo corrige a insuficiência mitral através de cateterismo, portanto, sem a necessidade de abrir o peito. Caso tenha restado alguma dúvida, entre em contato conosco e agende sua consulta.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC);
Associação Americana do Coração (AHA);
Revista Brasileira de Medicina do Esporte;
Hospital Nove de Julho;
Condutas Práticas em Cardiologia, Manole 2010.
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