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Doenças que comprometem a estrutura do aparato valvar aórtico podem levar à disfunção da valva aórtica, permitindo que parte do volume sanguíneo ejetado retorne ao ventrículo esquerdo no período de relaxamento do coração, causando sobrecarga de volume e remodelamento do músculo cardíaco ao longo dos anos. Esse remodelamento é caracterizado pela hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo, ou seja, hipertrofia e dilatação.
Esse mecanismo adaptativo suporta anos de insuficiência aórtica, permitindo ao paciente viver assintomático e com boa qualidade de vida. Contudo, há limite. Em determinado momento, pode haver esgotamento dos mecanismos adaptativos e os sintomas aparecem, geralmente antes da perda de função ventricular.
Outras causas menos frequentes incluem as lesões traumáticas, espondilite anquilosante, aortite sifilítica, artrite reumatoide, osteogênese imperfeita, síndrome de EhlersDanlos, síndrome de Reiter, estenose subaórtica e defeito do septo interventricular com prolapso da cúspide aórtica. Endocardite Infecciosa e Dissecção de Aorta são causas de insuficiência valvar aórtica aguda
A insuficiência aórtica crônica geralmente se desenvolve de maneira lenta e insidiosa, com uma morbidade muito baixa durante uma longa fase assintomática. Alguns pacientes com insuficiência aórtica crônica discreta permanecem assintomáticos por décadas e raramente necessitam de tratamento.
Mecanismos adaptativos caracterizados pela hipertrofia excêntrica do ventrículo esquerdo, ou seja, hipertrofia e dilatação permite ao paciente viver assintomático e com boa qualidade de vida por muito tempo. O esgotamento desses mecanismos após longo período culmina no aparecimento de sintomas e esse momento é de grande importância na tomada de decisões terapêuticas.
Lembramos que há associação de doença arterial coronariana (obstrução das coronárias por placas de gordura ) com insuficiência aórtica crônica em idosos, favorecendo a dor no peito / angina.
O diagnóstico é feito através do exame físico. A ausculta de um sopro cardíaco com características específicas é o suficiente para a detecção da disfunção.
Diversas manifestações específicas do exame físico, somadas às informações clínicas extraídas da história do paciente complementam o diagnóstico o prognóstico e norteiam o tratamento. Embora os pilares mais importantes sejam sustentados pelos dados clínicos, exames complementares são fundamentais na avaliação do paciente. Eletrocardiograma, radiografia de tórax, ecocardiograma, ressonância magnética, angiotomografia da aorta torácica, exames bioquímicos, cateterismo, entre outros, podem ser úteis na complementação diagnóstica caso a caso. Destaque para o ecocardiograma que traz informações muito importantes e é indispensável tanto na primeira consulta quanto no seguimento clínico.
O tratamento da insuficiência aórtica crônica é fundamentalmente clínico, controlando rigorosamente as comorbidades associadas e suas causas. Pacientes assintomáticos com insuficiência aórtica crônica importante e ausência de comprometimento funcional do coração podem ser acompanhados clinicamente e monitorizados bem de perto pelo cardiologista, pois os sintomas podem aparecer na evolução e as alterações adaptativas do coração são progressivas.
Por outro lado, pacientes que desenvolvem sintomas e/ou comprometimento funcional do coração devem ser contemplados para intervenção cirúrgica. É nesse momento que a relação médico-paciente sólida faz a diferença. Pacientes assintomáticos com função ventricular normal, mas que possuem como causa da insuficiência aórtica a dilatação aneurismática da aorta proximal, se beneficiam da cirurgia.
Há medicamentos que são utilizados no tratamento da insuficiência aórtica crônica sintomática, principalmente como ponte para a cirurgia com o intuito de reduzir sintomas. No entanto não devem ser utilizados como terapia definitiva, exceto em pacientes que possuem contraindicação ao tratamento cirúrgico.
Cuidar de pessoas, não de doenças, permite individualizar cada caso, respeitar a autonomia do paciente e seus familiares, para oferecer o melhor tratamento possível. A diferença no cuidado está na relação médico-paciente.
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